As cardiopatias congênitas representam cerca de 10% dos óbitos infantis e de 20% a 40% das mortes decorrentes de malformações, indica o Departamento de Cardiologia e Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Visando reverter esses índices, em Fortaleza, dois hospitais municipais, o Gonzaguinha de Messejana e o Hospital Nossa Senhora da Conceição, passaram a oferecer o Teste do Coraçãozinho para recém-nascido em suas maternidades.
Nessas unidades, os bebês já vão para casa com o exame realizado. Também conhecido como Triagem Neonatal para Cardiopatia Congênita, o teste é realizado entre as primeiras 24 e 48 horas de vida da criança.
A coordenadora do espaço neonatal do Gonzaguinha de Messejana, Vanda Belmino, lembra que, como as cardiopatias são assintomáticas, muitos bebês vão para casa sem fazer o exame do Coraçãozinho. "Depois, eles podem desenvolver quadros de emergência, inclusive com o risco de não dar mais tempo prestar atendimento".
O Teste de Coraçãozinho é simples. A enfermeira faz a aferição da oximetria de pulso no membro superior direito e em um dos membros inferiores, medindo a quantidade de oxigênio no sangue. Caso a primeira aferição esteja alterada, repete-se o exame. O resultado é imediato. Se houver alteração, o neonatologista deve solicitar o ecocardiograma, feito também nos hospitais, nas 24 horas seguintes à realização do exame.
