Apesar do número de transplantes de órgãos e tecidos ter dobrado na última década no Brasil, a pequena quantidade de doadores de órgãos ainda é um problema para os pacientes que aguardam por um transplante de coração na fila de espera do Hospital de Messejana, em Fortaleza.
De acordo com a assistente social da equipe multidisciplinar de transplante de coração da unidade, Marilza da Silva Pessoa, o número de transplantes por ano feitos pelo hospital só não é maior pela carência de doadores, pois a demanda é sempre muito extensa.
Exatamente dezoito transplantes cardíacos já foram realizados em 2012 e mais dez pacientes estão atualmente na fila à espera de um novo órgão. O número deve ultrapassar a quantidade total feita em 2011, quando foram realizados 25 transplantes cardíacos no hospital.
Marilza Pessoa lembra que o paciente precisa passar por uma série de etapas de avaliação que o credencie como alguém que necessita com urgência entrar na fila de espera para a realização do transplante.
O Ministério da Saúde informou que, em 2011, a quantidade de doadores chegou a 11,4 pessoas por grupo de 1 milhão de habitantes. A meta é chegar a 15 doadores por milhão até o fim de 2014, taxa semelhante a de países que são considerados referência em doação de órgãos.